Quando se fala de reciclagem no Brasil
logo associamos a imagem dos catadores de materiais e suas cooperativas. Não
existem números fechados, mas calcula-se
que existam de 300 mil a 1 milhão de catadores em atividade no país. Os dados são do Movimento Nacional dos Catadores
de Materiais Recicláveis (MNCR), que, no final de 2006, registrava 450
cooperativas formalizadas e aproximadamente 35 mil catadores em seus cadastros.
Nada assustador para uma população que gera diariamente cerca de 126 mil
toneladas de lixo de consumo (excluindo dejetos industriais e empresariais). Se não
fossem os catadores, esse alto número de lixo acabaria em aterros sanitários e lixões. A profissão, no entanto, não é tão
glamourosa quanto o papel social e ambiental que os catadores exercem.
Em
média eles caminham por 30 quilômetros todo dia, debaixo de chuva e sol,
puxando até 400 quilos (o peso da carroça cheia), em busca de
materiais que, muitas vezes, só são encontrados dentro de sacos de lixo. Como a maioria não
usa proteção (uns por falta de dinheiro, outros por falta de informação), constantemente
se lesionam ou sofrem infecções pelo manuseio do lixo, tudo
isso para ganhar de um a dois salários mínimos por mês.
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